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− | |texto=Pela Devassa que tirou o Doutor Salvador de Souza Rebelo <!-- Salvador de Souza Rebello -->, Ouvidor Geral desta capitania do Pará aos nove de setembro deste presente ano de mil setecentos e trinta e oito. Consta legalmente que os índios chamados Muras no rio da Madeira tem feito , estes anos próximos, repetidas hostilidades aos portugueses, índios manaos e vassalos de Vossa Majestade. Fazendo várias mortes e impedindo a extração dos gêneros daquele rio: por cuja causa, sou de parecer que justamente se lhes possa fazer guerra. | + | |texto=Pela [[Devassa]] que tirou o Doutor Salvador de Souza Rebelo <!-- Salvador de Souza Rebello -->, [[Ouvidor Geral]] desta capitania do [[Pará]] aos nove de setembro deste presente ano de mil setecentos e trinta e oito. Consta legalmente que os índios chamados Muras no [[rio da Madeira]] tem feito , estes anos próximos, repetidas hostilidades aos portugueses, índios manaos e vassalos de Vossa Majestade. Fazendo várias mortes e impedindo a extração dos gêneros daquele rio: por cuja causa, sou de parecer que justamente se lhes possa fazer guerra. |
− | Pelo que toca aos índios moradores nas margens do rio dos Tocantins, incluídos na mesma Devassa; é certo que não consta com tanta legalidade os seus insultos , particularmente por não se saberem em particular as nações que impedem o comércio e infestam aquele rio. Contudo como entendo ser certo que algumas nações do dito rio têm feito as hostilidades, na Devassa se referem, impedindo o transito aos portugueses . Julgo que se lhes poderá fazer guerra, procedendo primeiro averiguação individual das nações criminosas, por ser tão bem certo que naquele rio há muitas outras nações inocentes e que não fazem mal aos passageiros. Este é meu parecer: Vossa Majestade mandará, o que for mais justo. Convento de Santo Alexandre da Companhia de Jesus do Pará. 26 de setembro de 1738. | + | Pelo que toca aos índios moradores nas margens do [[rio dos Tocantins]], incluídos na mesma [[Devassa]]; é certo que não consta com tanta legalidade os seus insultos , particularmente por não se saberem em particular as nações que impedem o comércio e infestam aquele rio. Contudo como entendo ser certo que algumas nações do dito rio têm feito as hostilidades, na [[Devassa]] se referem, impedindo o transito aos portugueses . Julgo que se lhes poderá fazer guerra, procedendo primeiro averiguação individual das nações criminosas, por ser tão bem certo que naquele rio há muitas outras nações inocentes e que não fazem mal aos passageiros. Este é meu parecer: Vossa Majestade mandará, o que for mais justo. [[Convento de Santo Alexandre]] da [[Companhia de Jesus]] do [[Pará]]. 26 de setembro de 1738. |
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Pela Devassa que tirou o Doutor Salvador de Souza Rebelo , Ouvidor Geral desta capitania do Pará aos nove de setembro deste presente ano de mil setecentos e trinta e oito. Consta legalmente que os índios chamados Muras no rio da Madeira tem feito , estes anos próximos, repetidas hostilidades aos portugueses, índios manaos e vassalos de Vossa Majestade. Fazendo várias mortes e impedindo a extração dos gêneros daquele rio: por cuja causa, sou de parecer que justamente se lhes possa fazer guerra.
Pelo que toca aos índios moradores nas margens do rio dos Tocantins, incluídos na mesma Devassa; é certo que não consta com tanta legalidade os seus insultos , particularmente por não se saberem em particular as nações que impedem o comércio e infestam aquele rio. Contudo como entendo ser certo que algumas nações do dito rio têm feito as hostilidades, na Devassa se referem, impedindo o transito aos portugueses . Julgo que se lhes poderá fazer guerra, procedendo primeiro averiguação individual das nações criminosas, por ser tão bem certo que naquele rio há muitas outras nações inocentes e que não fazem mal aos passageiros. Este é meu parecer: Vossa Majestade mandará, o que for mais justo. Convento de Santo Alexandre da Companhia de Jesus do Pará. 26 de setembro de 1738.
Ficha técnica da Fonte | |
Data: 1738. | |
Referência: INFORMAR REFERÊNCIA. | |
Acervo: INFORMAR ACERVO. | |
Transcrição: Manoel Rendeiro. | |
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