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Capitalismo Comercial

De Atlas Digital da América Lusa

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Edição de 12h16min de 11 de abril de 2013

Embora não se reconheça a existência de capitalismo sem comércio, razão porque todo capitalismo é comercial, o termo capitalismo comercial é usado para indicar um período da História Européia (do século XVI ao XVIII) em que as principais atividades por meio das quais o capital se reproduzia eram mercantis, em contraste com as industriais, que o caracterizam desde o final do século XVIII.

A reprodução do capital mercantil foi sistematizada por Marx na conhecida fórmula D-M-D’[1], isto é, o capitalista possuidor de dinheiro (D) adquire mercadorias (M) e as revende por um valor (D’) superior ao anteriormente adiantado. Uma vez que a criação de valor, do ponto de vista marxista, não se faz por meio da circulação de mercadorias, admite-se que apenas sob condições especiais, como sob a ausência de concorrência, o capitalista logra comprar barato e vender caro.

A ausência de concorrência é uma das características do capitalismo comercial e é um dos elementos que permitiu aos capitalistas manipular os preços das mercadorias que traficavam. Para tanto, contavam com privilégios concedidos pelo Estado o qual, por sua vez, era retribuído por meio de uma arrecadação tributária mais elevada do que na ausência das atividades mercantis, empregada para aumentar os recursos de poder estatais.

A política econômica, seguida pelos estados europeus, que permitia a reprodução do capital mercantil tal como explicada acima ficou conhecida como mercantilismo. O termo usado para identificar a hegemonia do capital mercantil sobre a reprodução do capital, por seu turno, é capitalismo comercial.


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