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Guĩráobĩra

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Aldeia de índios com sinal de abandonada na 'COPAĬBA' .
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estava abandonada em 1643 e não há notícia de tenha sido reocupada - possivelmente situava-se na área urbana de Pilõezinhos-PB.
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* Já estava abandonada em 1643 e não há notícia de tenha sido reocupada - possivelmente situava-se na área urbana de Pilõezinhos-PB.
 
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'''Nomes históricos:''' Guĩráobĩra (Guiraobira, Guirabira).
 
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No [[BQPPB]] a aldeia 'Guĩráobĩra ' fica a leste do 'Magasynsberg' (base logística)  e da serra 'Iuruparibacaĩ' - procuramos em vários reconhecimentos na região um local adequado a uma aldeia, com boa fonte d'água, colina elevada, etc e o que reune as melhores coindições é onde está a cidade de Pilõezinhos-PB. Face à proximidade de Pilõezinhos da cidade de Guarabira-PB, cerca de 4 Km, e de que o riacho que banha Pilõezinhos também a banha, aceitamos a hipótese de que a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz tenha recebido em 1887 o nome Guarabira, que nomeava a região.  
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No [[BQPPB]] a aldeia 'Guĩráobĩra ' fica a leste do '[[Magasynsberg]]' (base logística)  e da serra '[[Iuruparibacaĩ]]' - foram feitos vários reconhecimentos na região à procura de um local adequado a uma aldeia, com boa fonte d'água, colina elevada, etc., e, o que reúne as melhores condições, é onde situa-se a cidade de Pilõezinhos-PB.
  
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Face à proximidade de Pilõezinhos da cidade de Guarabira-PB, cerca de 4 Km, e de que o riacho que banha Pilõezinhos também a banha, aceita-se a hipótese de que a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz tenha recebido, em 1887, o nome desse riacho.
  
([[Câmara Cascudo]], 1956), pg. 224:
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 224:
  
 
"Desse Jurupari-bacai, Herckmann vai calcando as alturas da Borborema, de serra em serra, com sua escolta de índios bronzeados e de alemães maciços e rubros como os modelos de Franz Hals. Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".
 
"Desse Jurupari-bacai, Herckmann vai calcando as alturas da Borborema, de serra em serra, com sua escolta de índios bronzeados e de alemães maciços e rubros como os modelos de Franz Hals. Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".
  
►(Medeiros, 1989), , Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 15:
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[[(Medeiros, 1989)]], Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 15:
  
 
"Segundo constatamos no mapa de Marcgrave, os expedicionários retornaram rumo ao sul, chegando àquela mesma serra Irupari-bakaí; aí chegados, infletiram a sua marcha para o poente. Guirarembuca localizava-se já próximo à presente cidade de Pilões, depois de Guiraobira (que não deve ser confundida com a atual cidade de Guarabira).".
 
"Segundo constatamos no mapa de Marcgrave, os expedicionários retornaram rumo ao sul, chegando àquela mesma serra Irupari-bakaí; aí chegados, infletiram a sua marcha para o poente. Guirarembuca localizava-se já próximo à presente cidade de Pilões, depois de Guiraobira (que não deve ser confundida com a atual cidade de Guarabira).".
  
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►[[(Coriolano de Medeiros, 1950)]], pg. 97-98:
  
 
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"Guarabira (Voc. ind., talvez de ''guirá-bira'': árvore dos pássaros: pode derivar também de ''guará-bira'': árvore da raposa) —
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Entendemos que essa observação sobre Guiraobira refira-se às localizações da aldeia e da atual cidade, que não devem ser confundidas.
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►(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 97-98:
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"Guarabira (Voc. ind., talvez de guirá-bira: árvore dos pássaros: pode derivar também de guará-bira: árvore da raposa) —
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História — Os terrenos que constituem o município, foram conhecidos desde fins do século XVI, em conseqüência de sua proximidade da Copaoba, ponto naquela época freqüentado Por contrabandistas franceses, a princípio, depois pelos portugueses e até pelos flamengos. A poucos quilômetros da sede, ficam as terras do Morgado, instituição do Marquês da Copaoba, Duarte Gomes da Silveira. Os holandeses, sob a direção de Elias Herckman, subiram pelo Araçaji, em busca de ouro. Após a Restauração, o Padre Francisco Ferreira obteve a doação de duas léguas em quadro e as vendeu ao português José Gonçalves da Costa Beiriz, natural do Concelho de Póvoa do Varzim, distrito do Porto. O comprador saíra de Portugal apavorado com os efeitos do terremoto de 1755, tendo feito voto a N. Sª. da Luz de mudar-se para outra terra onde lhe edificaria um templo. Realmente: adquirida a propriedade voltou ao reino e de lá trouxe quatro filhos e um sobrinho, dos quais ainda hoje se conhece a descendência. Levantou a capela, construiu habitações, formou o primitivo povoado no local chamado pelos indígenas guaraobira ou guirabira. A povoação floresceu e a Lei n.° 17, de 27 de abril de 1837, criou-a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz, ficando judicialmente pertencendo à Comarca de Areia. A Lei n.° 841, de 26 de novembro de 1887, elevou-a à categoria de cidade sob a denominação de Guarabira; por fim, a Lei n.° 8, de 15 de dezembro de 1892, criou a comarca.".
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História — Os terrenos que constituem o município, foram conhecidos desde fins do século XVI, em conseqüência de sua proximidade da Copaoba, ponto naquela época freqüentado por contrabandistas franceses, a princípio, depois pelos portugueses e até pelos flamengos. A poucos quilômetros da sede, ficam as terras do Morgado, instituição do Marquês da Copaoba, Duarte Gomes da Silveira. Os holandeses, sob a direção de Elias Herckman, subiram pelo Araçaji, em busca de ouro. Após a Restauração, o Padre Francisco Ferreira obteve a doação de duas léguas em quadro e as vendeu ao português José Gonçalves da Costa Beiriz, natural do Concelho de Póvoa do Varzim, distrito do Porto. O comprador saíra de Portugal apavorado com os efeitos do terremoto de 1755, tendo feito voto a N. Sª. da Luz de mudar-se para outra terra onde lhe edificaria um templo. Realmente: adquirida a propriedade voltou ao reino e de lá trouxe quatro filhos e um sobrinho, dos quais ainda hoje se conhece a descendência. Levantou a capela, construiu habitações, formou o primitivo povoado no local chamado pelos indígenas guaraobira ou guirabira. A povoação floresceu e a Lei n.° 17, de 27 de abril de 1837, criou-a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz, ficando judicialmente pertencendo à Comarca de Areia. A Lei n.° 841, de 26 de novembro de 1887, elevou-a à categoria de cidade sob a denominação de Guarabira; por fim, a Lei n.° 8, de 15 de dezembro de 1892, criou a comarca.".
 
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►http://www.guarabira.pb.gov.br/portal.php/institucional/historia-da-cidade/
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acesso em 20/1/2011:
 
  
"A designação do lugar, GUIRABIRA ou GUIRAOBIRA vem do tupi-guarani e a sua tradução não corresponde à unanimidade dos estudiosos da língua silvícola. Segundo Cleodon Coelho, para o Padre Luiz Santiago, os nossos indígenas denominavam o lugar como Guara-Bira ou Guara-Pora, e afirmava que a posposição nominal (Bira ou Pora), indica moradia, traduzindo o vocábulo como “moradia dos guarás”, e como a região era habitat de garças azuis, freqüentadoras da grande lagoa onde havia uma plantação natural de embiras, dá-lhe a tradução de “Berço das Garças Azuis”.".
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 12h43min de 15 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Guĩráobĩra

Aldeia de índios com sinal de abandonada na 'COPAĬBA'.


Natureza: aldeia de índios com sinal de abandonada.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Nome atual:

  • Já estava abandonada em 1643 e não há notícia de tenha sido reocupada - possivelmente situava-se na área urbana de Pilõezinhos-PB.


Nomes históricos: Guĩráobĩra (Guiraobira, Guirabira).


Nota:

No BQPPB a aldeia 'Guĩráobĩra ' fica a leste do 'Magasynsberg' (base logística) e da serra 'Iuruparibacaĩ' - foram feitos vários reconhecimentos na região à procura de um local adequado a uma aldeia, com boa fonte d'água, colina elevada, etc., e, o que reúne as melhores condições, é onde situa-se a cidade de Pilõezinhos-PB.

Face à proximidade de Pilõezinhos da cidade de Guarabira-PB, cerca de 4 Km, e de que o riacho que banha Pilõezinhos também a banha, aceita-se a hipótese de que a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz tenha recebido, em 1887, o nome desse riacho.

[editar] Citações:

(Câmara Cascudo, 1956), pg. 224:

"Desse Jurupari-bacai, Herckmann vai calcando as alturas da Borborema, de serra em serra, com sua escolta de índios bronzeados e de alemães maciços e rubros como os modelos de Franz Hals. Passa o aldeiamento do Guiraobira, pouso em que a estiagem afugentara os moradores de Guiraubi (pássaro verde); adiante o Guirarembuca, em condições idênticas, deixando à esquerda montões de pedras soltas (steenen) e vendo o rio Tambáaririy, logo após a serrania do Itacoarobi, indo em reta transpor três rios sem nome, olhando uma montanha por cujos cimos de forma triangular mereceu nome de "Pyramideberg", a montanha da pirâmide.".

(Medeiros, 1989), Capítulo 1 - A VIAGEM DE ELIAS HERCKMAN À TERRA DE CAPAOBA (1641), pg. 15:

"Segundo constatamos no mapa de Marcgrave, os expedicionários retornaram rumo ao sul, chegando àquela mesma serra Irupari-bakaí; aí chegados, infletiram a sua marcha para o poente. Guirarembuca localizava-se já próximo à presente cidade de Pilões, depois de Guiraobira (que não deve ser confundida com a atual cidade de Guarabira).".

(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 97-98:

"Guarabira (Voc. ind., talvez de guirá-bira: árvore dos pássaros: pode derivar também de guará-bira: árvore da raposa) —

...

História — Os terrenos que constituem o município, foram conhecidos desde fins do século XVI, em conseqüência de sua proximidade da Copaoba, ponto naquela época freqüentado por contrabandistas franceses, a princípio, depois pelos portugueses e até pelos flamengos. A poucos quilômetros da sede, ficam as terras do Morgado, instituição do Marquês da Copaoba, Duarte Gomes da Silveira. Os holandeses, sob a direção de Elias Herckman, subiram pelo Araçaji, em busca de ouro. Após a Restauração, o Padre Francisco Ferreira obteve a doação de duas léguas em quadro e as vendeu ao português José Gonçalves da Costa Beiriz, natural do Concelho de Póvoa do Varzim, distrito do Porto. O comprador saíra de Portugal apavorado com os efeitos do terremoto de 1755, tendo feito voto a N. Sª. da Luz de mudar-se para outra terra onde lhe edificaria um templo. Realmente: adquirida a propriedade voltou ao reino e de lá trouxe quatro filhos e um sobrinho, dos quais ainda hoje se conhece a descendência. Levantou a capela, construiu habitações, formou o primitivo povoado no local chamado pelos indígenas guaraobira ou guirabira. A povoação floresceu e a Lei n.° 17, de 27 de abril de 1837, criou-a Vila de Independência e Freguesia de N. S.a da Luz, ficando judicialmente pertencendo à Comarca de Areia. A Lei n.° 841, de 26 de novembro de 1887, elevou-a à categoria de cidade sob a denominação de Guarabira; por fim, a Lei n.° 8, de 15 de dezembro de 1892, criou a comarca.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Guĩráobĩra". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Gu%C4%A9r%C3%A1ob%C4%A9ra. Data de acesso: 4 de maio de 2024.


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