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N S. de Conçeição (Engenho de roda d'água)

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►Mapa PE [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S de Conçetion', na [[m.e.]] do 'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca).
  
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►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ: ConsԐpsaõ', na m.e. do 'Rº. Salga∂o' (Rio Ipojuca).
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(Schott, 1636), pg. 62:
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"19 - Engenho Nossa Senhora da Conceição, situado meia milha distante do engenho anterior do Bom Jesus, pertencente a Dom Fernando de Queiróz que mora na Galiza. Este engenho foi arrendado pelo tempo de nove anos a João Carneiro de Mariz, como se vê dos documentos apresentados ao Conselho. Essa pessoa recebeu nosso passaporte e o engenho foi preparado para moer, sob condição que pagará o arrendamento à Companhia, até que haja outra resolução. Este engenho mói com água e tem um bom açude e meia milha de terra com lindas várzeas cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. Pode anualmente moer 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de taipa e nelas foram encontradas, antes da chegada do dito João Carneiro, 2 caixas pertencentes a L. Dolvero [sic] e 17 caixas provenientes, segundo ele, de algumas formas purgadas por .João Gonçalves. ".
 
"19 - Engenho Nossa Senhora da Conceição, situado meia milha distante do engenho anterior do Bom Jesus, pertencente a Dom Fernando de Queiróz que mora na Galiza. Este engenho foi arrendado pelo tempo de nove anos a João Carneiro de Mariz, como se vê dos documentos apresentados ao Conselho. Essa pessoa recebeu nosso passaporte e o engenho foi preparado para moer, sob condição que pagará o arrendamento à Companhia, até que haja outra resolução. Este engenho mói com água e tem um bom açude e meia milha de terra com lindas várzeas cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. Pode anualmente moer 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de taipa e nelas foram encontradas, antes da chegada do dito João Carneiro, 2 caixas pertencentes a L. Dolvero [sic] e 17 caixas provenientes, segundo ele, de algumas formas purgadas por .João Gonçalves. ".
  
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"7. Engenho Nossa Senhora do Rosário, confiscado e vendido a João Carneiro de Mariz. É d'água e moente. ".
 
"7. Engenho Nossa Senhora do Rosário, confiscado e vendido a João Carneiro de Mariz. É d'água e moente. ".
  
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"7) Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a João Carneiro de Mariz, é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica).".
 
"7) Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a João Carneiro de Mariz, é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica).".
  
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"Falei com João Carneiro de Mariz a propósito de suas dívidas para com a Companhia, de prestações atrasadas; prometeu entregar à Companhia metade do açúcar que produzir nesta safra para diminuição do seu débito (19). ".
 
"Falei com João Carneiro de Mariz a propósito de suas dívidas para com a Companhia, de prestações atrasadas; prometeu entregar à Companhia metade do açúcar que produzir nesta safra para diminuição do seu débito (19). ".
  
►(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 192:
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[[(Gonsalves de Mello, 1985)]], pg. 192:
  
 
"(19) João Carneiro de Mariz, que era arrendatário, desde antes da invasão holandesa, do Engenho Nossa Senhora do Rosário, em Ipojuca, comprou em 20 de junho de 1637 à Companhia o Engenho Sibiró de Cima, da invocação da Santa Cruz, que pertencera a Manuel de Nabalhas, por 40.000 florins, a serem pagos em prestações de 5.000 florins, a primeira a vencer em 1 de janeiro de 1640: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. Mariz, em depoimento datado de 20 de abril de 1648, se declara de 66 anos de idade: Torre do Tombo (Lisboa), Inquisição de Lisboa, processo 306 de Mateus da Costa.".
 
"(19) João Carneiro de Mariz, que era arrendatário, desde antes da invasão holandesa, do Engenho Nossa Senhora do Rosário, em Ipojuca, comprou em 20 de junho de 1637 à Companhia o Engenho Sibiró de Cima, da invocação da Santa Cruz, que pertencera a Manuel de Nabalhas, por 40.000 florins, a serem pagos em prestações de 5.000 florins, a primeira a vencer em 1 de janeiro de 1640: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. Mariz, em depoimento datado de 20 de abril de 1648, se declara de 66 anos de idade: Torre do Tombo (Lisboa), Inquisição de Lisboa, processo 306 de Mateus da Costa.".
  
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«7) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Schott, Markgraf e Golijath o designam por engenho de Nossa Senhora da Conceição. Sito à margem esquerda do Ipojuca. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1623, pertencia a Ana de Castro, produzindo 2520 arrobas. Ao tempo da ocupação holandesa, Schott dava-o como pertencente a d. Fernando de Queiroz Souto Maior, residente na Galiza. Na realidade, o engenho continuava a pertencer a Ana de Castro, que, tendo seguido para Viana nos anos 1620 para entrar em religião, casara-se com um fidalgo galego, irmão de Fernando de Queiroz, cunhado e procurador de d. Ana. Tinha "um bom açude e meia milha de terra com lindas várzeas, cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. Pode anualmente moer 3 mil a 4 mil arrobas de açúcar". Em 1636, o engenho achava-se arrendado pelo prazo de nove anos a João Carneiro de Mariz, que permaneceu sob o domínio holandês. Estando a fábrica pronta para safrejar, o governo do Recife deixou-o à frente da propriedade como rendeiro da [[WIC]]. Em 1637, ele adquiriu o engenho por 40 mil florins, em prestações anuais de 5 mil florins. Moía em 1637 e 1639. O engenho não é mencionado em 1655. Em 1663, João Carneiro de Mariz era devedor à [[WIC]] de 84572 florins.(79)».
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@ pg. 184, Notas:
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«(79) FHBH, I, pp. 30, 62, 84, 142; II, pp. 153, 192; RCCB, pp. 33, 152.; DN, 18.VI.1637; NP, II, p. 37.».
  
  
'''Nota:''' o engenho deve ser da invocação de Nossa Senhora da Conceição - os dois mapas tem essa mesma informação e em todas as referências aparece o nome de João Carneiro de Mariz. Não há nos mapas, na área, engenho(s) da invocação de Nossa Senhora do Rosário.
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'''NOTA:'''
  
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Evaldo Cabral de Mello seguiu José Antônio Gonsalves de Mello. O engenho deve ser da invocação de Nossa Senhora da Conceição - os dois mapas tem essa mesma informação e em todas as referências aparece o nome de João Carneiro de Mariz. Não há nos mapas, na área, engenho(s) da invocação de Nossa Senhora do Rosário.
  
 
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Edição atual tal como 10h39min de 20 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] N S. de Conçeição

Engenho de roda d'água com igreja na m.e. do 'Ipoíucâ' (Rio Ipojuca).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia de Ipojuca.


Nomes históricos: N S. de Conçeição (Nossa Senhora da Conceição; N. S de Conçetion; ConsԐpsaõ); Nossa Senhora do Rosário.


Nome atual: Engenho Conceição Velha - vide mapa IBGE Geocódigo 2607208 IPOJUCA - PE.


[editar] Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ: ConsԐpsaõ', na m.e. do 'Rº. Salga∂o' (Rio Ipojuca).


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado como engenho, 'N. S de Conçetion', na m.e. do 'Ipoiucâ' (Rio Ipojuca).


(Schott, 1636), pg. 62:

"19 - Engenho Nossa Senhora da Conceição, situado meia milha distante do engenho anterior do Bom Jesus, pertencente a Dom Fernando de Queiróz que mora na Galiza. Este engenho foi arrendado pelo tempo de nove anos a João Carneiro de Mariz, como se vê dos documentos apresentados ao Conselho. Essa pessoa recebeu nosso passaporte e o engenho foi preparado para moer, sob condição que pagará o arrendamento à Companhia, até que haja outra resolução. Este engenho mói com água e tem um bom açude e meia milha de terra com lindas várzeas cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. Pode anualmente moer 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar e paga 3 por cento de recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de taipa e nelas foram encontradas, antes da chegada do dito João Carneiro, 2 caixas pertencentes a L. Dolvero [sic] e 17 caixas provenientes, segundo ele, de algumas formas purgadas por .João Gonçalves. ".


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg.84:

"7. Engenho Nossa Senhora do Rosário, confiscado e vendido a João Carneiro de Mariz. É d'água e moente. ".


(Dussen, 1640), pg. 142:

"7) Engenho Nossa Senhora do Rosário, pertencente a João Carneiro de Mariz, é engenho d'água e mói. São lavradores: (não indica).".


(Bullestrat, 1642), pg. 153:

"Falei com João Carneiro de Mariz a propósito de suas dívidas para com a Companhia, de prestações atrasadas; prometeu entregar à Companhia metade do açúcar que produzir nesta safra para diminuição do seu débito (19). ".


(Gonsalves de Mello, 1985), pg. 192:

"(19) João Carneiro de Mariz, que era arrendatário, desde antes da invasão holandesa, do Engenho Nossa Senhora do Rosário, em Ipojuca, comprou em 20 de junho de 1637 à Companhia o Engenho Sibiró de Cima, da invocação da Santa Cruz, que pertencera a Manuel de Nabalhas, por 40.000 florins, a serem pagos em prestações de 5.000 florins, a primeira a vencer em 1 de janeiro de 1640: ARA, OWIC 68, dag. notule da data citada. Mariz, em depoimento datado de 20 de abril de 1648, se declara de 66 anos de idade: Torre do Tombo (Lisboa), Inquisição de Lisboa, processo 306 de Mateus da Costa.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 118, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Ipojuca:

«7) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. Schott, Markgraf e Golijath o designam por engenho de Nossa Senhora da Conceição. Sito à margem esquerda do Ipojuca. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1623, pertencia a Ana de Castro, produzindo 2520 arrobas. Ao tempo da ocupação holandesa, Schott dava-o como pertencente a d. Fernando de Queiroz Souto Maior, residente na Galiza. Na realidade, o engenho continuava a pertencer a Ana de Castro, que, tendo seguido para Viana nos anos 1620 para entrar em religião, casara-se com um fidalgo galego, irmão de Fernando de Queiroz, cunhado e procurador de d. Ana. Tinha "um bom açude e meia milha de terra com lindas várzeas, cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. Pode anualmente moer 3 mil a 4 mil arrobas de açúcar". Em 1636, o engenho achava-se arrendado pelo prazo de nove anos a João Carneiro de Mariz, que permaneceu sob o domínio holandês. Estando a fábrica pronta para safrejar, o governo do Recife deixou-o à frente da propriedade como rendeiro da WIC. Em 1637, ele adquiriu o engenho por 40 mil florins, em prestações anuais de 5 mil florins. Moía em 1637 e 1639. O engenho não é mencionado em 1655. Em 1663, João Carneiro de Mariz era devedor à WIC de 84572 florins.(79)».

@ pg. 184, Notas:

«(79) FHBH, I, pp. 30, 62, 84, 142; II, pp. 153, 192; RCCB, pp. 33, 152.; DN, 18.VI.1637; NP, II, p. 37.».


NOTA:

Evaldo Cabral de Mello seguiu José Antônio Gonsalves de Mello. O engenho deve ser da invocação de Nossa Senhora da Conceição - os dois mapas tem essa mesma informação e em todas as referências aparece o nome de João Carneiro de Mariz. Não há nos mapas, na área, engenho(s) da invocação de Nossa Senhora do Rosário.






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. de Conçeição (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S._de_Con%C3%A7ei%C3%A7%C3%A3o_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 2 de maio de 2024.


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