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Pirari (aldeia de índios)

De Atlas Digital da América Lusa

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O rio Pirari consta no mapa de Margrave, no entanto, o nome não foi escrito próximo ao seu traçado. Este rio foi muito bem detalhado, com duas lagoas, a '[[Tipijĩ]]' e a 'Tamoatâpuruâ', e duas ilhas, a '[[Iamoa]]' e a '[[Caraguatacanga]]'.
  
  
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Possivelmente localizada no povoado de Pirari de Cima - vide mapa [[IBGE]] Geocódigo 2409803 PEDRO VELHO - RN..
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►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A.', na m.e. do rio 'R. MiapԐugh'.
  
O rio Pirari consta no mapa de Margrave, no entanto, o nome não foi escrito próximo ao seu traçado. Este rio foi muito bem detalhado, com duas lagoas , a Tipijĩ e a Tamoatâpuruâ, e duas ilhas, a Iamoa e a Caraguatacanga.
 
  
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►Mapa RG [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A', na m.e. do rio 'Rº MiapԐugh'.
  
►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A.', na m.e. do rio 'R. MiapԐugh'.
 
  
►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A', na m.e. do rio 'Rº MiapԐugh'.
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[[(Moreno, 1615)]], pg. 44, discriminando a resenha de índios guerreiros que participaram na Jornada do Maranhão:
  
 
"Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:
 
"Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:
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De Pirari, Mucurapirá, com 12".
 
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Aldeia Parari, Capitão Willem Jansz ... 30 homens".
 
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►Citada como Aldeia Pirari pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:
 
►Citada como Aldeia Pirari pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:
  
- Notas de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in (Southey, 1810), Notas do capítulo IV, pg. 207:
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* Notas de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in [[(Southey, 1810)]], Notas do capítulo IV, pg. 207:
  
 
"44 ...;Pirari, a duas milhas de Cunhau; ...".
 
"44 ...;Pirari, a duas milhas de Cunhau; ...".
  
- (Vainfas, 2008), pg. 72-73:
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* [[(Vainfas, 2008)]], pg. 72-73:
  
 
"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de ...  Pirari, a duas léguas (doze quilômetros) de Cunhaú, chefiada por André Carurare;  ...".
 
"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de ...  Pirari, a duas léguas (doze quilômetros) de Cunhaú, chefiada por André Carurare;  ...".
  
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* Nota: As duas citações acima têm fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 - [[(Laet, 1644)]].
  
  
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►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in [[(Souto Maior, 1912)]].
  
as duas citações acima tem fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 (original de 1644).
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Essa aldeia, nessa Assembléia, é:
  
►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912):
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* Citada como Aldeia Pirari;
  
Essa aldeia, nessa Assembéia, é:
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* Aparentemente não teve representação nessa Assembléia, pois a Ata não relaciona os nomes do capitão, adjunto(s) do capitão, tenente(s), alferes, juiz, adjunto(s) do juiz, candidato(s) a escabino, nem escabino(s) eleito(s);
  
- citada como Aldeia Pirari; as grafias:
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* Jurisdicionada à Câmara do Rio Grande, que congrega as aldeias Orange (Araunu, sede), Pirari, Bopeba (Mompabu) e Jaragoa.
  
- aparentemente não teve representação nessa Assembléia, pois a Ata não relaciona os nomes do capitão, adjunto(s) do capitão, tenente(s), alfere(s), juiz, adjunto(s) do juiz, candidato(s) a escabino, nem escabino(s) eleito;
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* Vaga na sua representação política para a Câmara do Rio Grande, pois não teve candidatos indicados e escabinos escolhidos pelo Supremo Conselho.
  
- jurisdicionada à Câmara do Rio Grande, que congrega as aldeias Orange (Araunu, sede), Pirari, Bopeba (Mompabu) e Jaragoa.
 
  
- vaga na sua representação política para a Câmara do Rio Grande, pois não teve candidatos indicados e escabinos escolhidos pelo Supremo Conselho.
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[[(Medeiros, 1989)]], pg. 74:
 
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►(Medeiros, 1989) pg. 74:
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"ALDEIA DE PIRARI - Informa o Pe. MANUEL DE MORAIS que Pirari tinha por capitão, em 1635, Andreas Caruware (2). A Aldeia era situada à distância de duas léguas do Engenho Cunhaú. Hoje existe a povoação de Pirari, três quilômetros ao leste da cidade de Montanhas. Pirari, à margem do rio do mesmo nome, pertence ao município de Pedro Velho-(RN).
 
"ALDEIA DE PIRARI - Informa o Pe. MANUEL DE MORAIS que Pirari tinha por capitão, em 1635, Andreas Caruware (2). A Aldeia era situada à distância de duas léguas do Engenho Cunhaú. Hoje existe a povoação de Pirari, três quilômetros ao leste da cidade de Montanhas. Pirari, à margem do rio do mesmo nome, pertence ao município de Pedro Velho-(RN).
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Aos 3 de abril de 1645, a Aldeia de Pirari passou à jurisdição da Aldeia Orange (6)."
 
Aos 3 de abril de 1645, a Aldeia de Pirari passou à jurisdição da Aldeia Orange (6)."
  
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"PIRARI: — Lugar em Pedro Velho, de pirá-r-i, rio do peixe. Em junho de 1767, Antônio de Souza Barros tinha "hum sitio chamado PYRARY a onde tem fabrica de hum engenho de fazer asucar".".
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"PIRARI: — Lugar em Pedro Velho, de ''pirá-r-i'', rio do peixe. Em junho de 1767, Antônio de Souza Barros tinha "hum sitio chamado PYRARY a onde tem fabrica de hum engenho de fazer asucar".".
  
  

Edição atual tal como 13h25min de 12 de fevereiro de 2023

Coleção Levy Pereira


[editar] Pirari

Aldeia de índios (brasilianos), na m.d. do 'Pirari' (Rio Pirari).


Natureza: aldeia de índios.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: RIO GRANDE.


Nomes históricos: Aldeia Pirari (Parari, Perari).


Nome atual: a aldeia está extinta.


Possivelmente localizava-se no povoado de Pirari de Cima - vide mapa IBGE Geocódigo 2409803 PEDRO VELHO - RN.

O rio Pirari consta no mapa de Margrave, no entanto, o nome não foi escrito próximo ao seu traçado. Este rio foi muito bem detalhado, com duas lagoas, a 'Tipijĩ' e a 'Tamoatâpuruâ', e duas ilhas, a 'Iamoa' e a 'Caraguatacanga'.


[editar] Citações

►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A.', na m.e. do rio 'R. MiapԐugh'.


►Mapa RG (IAHGP-Vingboons, 1640) #51 CAPITANIA DE RIO GRANDE - plotada com o símbolo de aldeia, 'PԐrԐrÿ A', na m.e. do rio 'Rº MiapԐugh'.


►Mapa PB (Orazi, 1698), plotada com o símbolo de aldeia, sem nome.


(Moreno, 1615), pg. 44, discriminando a resenha de índios guerreiros que participaram na Jornada do Maranhão:

"Logo aos 28 de agosto fizeram resenha da gente dos índios, para ver os que faltavam ao número de 500 frecheiros, quantidade que o de Albuquerque assegurava levar do Rio Grande, para que, com os de Ceará e Buapava, com quem tinha grandes *lianças, pudesse meter na Jornada até mil índios de guerra; e assim se tomou mostra, e pareceram os principais que se seguem:

...

De Pirari, Mucurapirá, com 12".


(Dussen, 1640):

@ pg. 183 - define a função do capitão holandês:

"Além do capitão brasiliano, foi posto em cada aldeia um capitão holandês que os regem a eles e aos seus principais; a sua maior atribuição é animá-los para o trabalho e dirigi-los na melhoria das plantações e conceder-lhes permissão para trabalhar para senhores de engenho, verificando que não sejam vítimas de enganos e que o seu trabalho lhes seja pago. ".

@ pg. 184 - censo da população masculina:

"... homens, tanto velhos quanto jovens, aptos para a guerra ou inaptos, excluídas as mulheres e crianças, as quais estão em proporção, com relação aos homens, de, no mínimo, 3 para 1. ".

@ pg.185:

"ALDEIAS NO RIO GRANDE...

Aldeia Parari, Capitão Willem Jansz ... 30 homens".


►Citada como Aldeia Pirari pelo Pe. Manoel de Moraes, em 1635, na sua relação de aldeias de brasilianos na Paraíba informada aos neerlandeses, conforme:

  • Notas de C. Fernandes Pinheiro, Brasil Bandecchi e Leonardo Arroyo, in (Southey, 1810), Notas do capítulo IV, pg. 207:

"44 ...;Pirari, a duas milhas de Cunhau; ...".

"No Rio Grande, Manoel nomeou as aldeias de ... Pirari, a duas léguas (doze quilômetros) de Cunhaú, chefiada por André Carurare; ...".

  • Nota: As duas citações acima têm fonte primária no livro de Joannes de Laet, História ou Anais dos Feitos da Companhia das Índias Ocidentais, desde o começo até o fim do ano de 1636 - (Laet, 1644).


►Nótulo, com a Ata e as propostas da Assembléia Indígena, datadas de 30/03/1645, realizadas na Aldeia Tapisserica, com as resoluções do Supremo Conselho, apostiladas em 11/04/1645, in (Souto Maior, 1912).

Essa aldeia, nessa Assembléia, é:

  • Citada como Aldeia Pirari;
  • Aparentemente não teve representação nessa Assembléia, pois a Ata não relaciona os nomes do capitão, adjunto(s) do capitão, tenente(s), alferes, juiz, adjunto(s) do juiz, candidato(s) a escabino, nem escabino(s) eleito(s);
  • Jurisdicionada à Câmara do Rio Grande, que congrega as aldeias Orange (Araunu, sede), Pirari, Bopeba (Mompabu) e Jaragoa.
  • Vaga na sua representação política para a Câmara do Rio Grande, pois não teve candidatos indicados e escabinos escolhidos pelo Supremo Conselho.


(Medeiros, 1989), pg. 74:

"ALDEIA DE PIRARI - Informa o Pe. MANUEL DE MORAIS que Pirari tinha por capitão, em 1635, Andreas Caruware (2). A Aldeia era situada à distância de duas léguas do Engenho Cunhaú. Hoje existe a povoação de Pirari, três quilômetros ao leste da cidade de Montanhas. Pirari, à margem do rio do mesmo nome, pertence ao município de Pedro Velho-(RN).

Segundo DUSSEN, que denominava aquela aldeia de Parary, ali encontravam-se 30 homens d'armas, capitaneados por Willem Jansz. (5) Pirari também figura no mapa de MARCGRAVE, de 1643.

Aos 3 de abril de 1645, a Aldeia de Pirari passou à jurisdição da Aldeia Orange (6)."


(Câmara Cascudo, 1968), pg. 115:

"PIRARI: — Lugar em Pedro Velho, de pirá-r-i, rio do peixe. Em junho de 1767, Antônio de Souza Barros tinha "hum sitio chamado PYRARY a onde tem fabrica de hum engenho de fazer asucar".".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Pirari (aldeia de índios)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Pirari_(aldeia_de_%C3%ADndios). Data de acesso: 18 de maio de 2024.


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