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Poĩmimbaba

De Atlas Digital da América Lusa

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m (Substituindo texto '===Citação deste verbete=== Autor do verbete: Levy Pereira Como citar: PEREIRA, Levy. "Substituir texto". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioat)
 
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Poĩmimbaba
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Rio afluente [[m.e.]] do 'Guaramama' (Rio Gramame).
  
  
'''Natureza:''' Engenho de bois com igreja
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'''Natureza:''' rio.
  
  
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'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]].
  
'''Mapa:''' [[PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE]]
 
  
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'''Capitania:''' PARAIBA.
  
  
'''Capitania:''' PARAIBA
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'''Nomes históricos:''' Poĩmimbaba (MonbabԐ, monbac, Monbabe, Mombabo, Mombaba, Mimbaba, Mymbaba, Poimimbaba, Peranonbababa).
  
Engenho de bois com igreja no vale do rio 'Poĩmimbaba' (Rio Mumbaba) - Engenho Mumbaba.
 
  
Este engenho está sem o nome escrito próximo ao símbolo, assim, assumimos, como é frequente nesse mapa, que o engenho teria o nome do rio no vale do qual está construído, 'Poĩmimbaba' (rio Mumbaba).
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'''Nome atual:''' Rio Mumbaba.
  
====Citações====
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====Citações:====
  
Ainda não encontramos citações a este engenho - nem ao plotado ao oeste, a montante e na m.d. do rio 'Poĩmimbaba'.
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotado como 'R. MonbabԐ', afluente [[m.e.]] do 'R. Garamama.' - 'R. Garamanĭ'.
  
Não consta como engenho no mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640), nem nos escritos holandeses (Carpentier, 1635), (Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638),  (Herckmans, 1639), (Dussen, 1640).
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►Mapa PB [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como 'R. MonbabԐ', afluente [[m.e.]] do 'R. Garamama.' - 'R. Garamanĭ'.
  
Há duas hipóteses:
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►Mapa IT [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como 'R. Monbabe', afluente [[m.e.]] do 'R. Garamane' - 'R. Garamana'.
  
1ª - os engenhos realmente existiram e encontraremos referências a eles no futuro.
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►Mapa PB [[(Orazi, 1698)]] PROVINCIA DI PARAIBA, plotado como 'R. monbac', afluente [[m.e.]] do 'R. Garamane'.
  
Notamos que o mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) aponta 3 'Corai∫∫Ԑn dԐr ßvi∫cԐn' - currais - no vale do 'R. Monbabĩ' (Rio Mumbaba - 'Poĩmimbaba'), um na m.e., 'Jan Ribero', e dois na m.d., 'Almirant' e 'Valadaris' - assim, esses engenhos plotados no [[BQPPB]] devem ter sido construídos entre 1640-1643.
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►[[(Herckmans, 1639)]] RIAHGP, pg. 256-557:
  
2ª - falha no mapa [[BQPPB]], não há engenhos.
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"Da Lagoa Salgada segue um caminho para o sul, conduzindo a alguns currais que existem nas baixas ou várzeas das nascenças do Mumbaba, isto é, aos lugares onde se forma ou toma começo o dito rio.
  
Pode ter sido desenhado o símbolo de engenho ao invés do símbolo de curral, ou plotando o 'N S. de Ro∫airo' em posição errada - há um engenho dessa denominação no vale do 'Camaratĩba' (rio Camaratuba).
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Este rio Mumbaba corre, como o Paraíba, para a região inferior com um percurso de cinco ou seis léguas, até que se reúne e confunde com o Garamame, e então perde o nome que tem.
  
Ainda, há outra falha no mapa nas imediações: o rio 'Nhĩacóca' ('
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Junto ao Mumbaba, em distancia de duas a três léguas da cidade Frederika, moram vários portugueses, que se ocupam com o negócio da madeira e tabuado, porquanto existem naquelas vizinhanças boas árvores e bosques madeirosos. O nome Mumbaba vem da palavra indígena mombab, que quer dizer «lugar onde a guerra cessou.» A razão desta denominação é que os Pitiguares, tendo tido guerras entre si nos tempos antigos, fizeram a paz junto a este rio, e puseram termo às suas hostilidades.".
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►[[(Sampaio, 1904)]], pg. 33:
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"MOMBABA (MOMBAB) — ou Mombaba, não quer dizer: lugar onde a guerra cessou como o explica Herckman, à pag. 257 da Descrição, mas simplesmente: conclusão, fim. A verdade é, porém, que o nome está mal escrito. Deve ser, provavelmente, Mumbaba, derivado do tupi ''Mimbaba'' ou ''Mymbaba'', que quer dizer criação, cria, aplicado ao animal doméstico, ao gado, o que é bem de ver, pois se aplicava o nome referido a um rio em que existiam várzeas com muitos currais ou fazendas de criar (pag. 257).".
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►[[(Câmara Cascudo, 1956)]], pg. 218:
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"Pela esquerda cai o Poimimbaba, com nascença numa lagoa, onde há curral de gado. vizinha a outra, anônima. Esse Poimimbaba, (o SOMMIER DISCOURS chama-o Mombabo, Herckmann, Mombab, e a "Descrição de Pernambuco em 1746" regista Peranonbababa ou Monbabe) é o Mumbaba, principal afluente do Guaramama (Gramame) e tem, antes da confluência, a povoação de Nossa Senhora do Rosário.".
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►[[(Coriolano de Medeiros, 1950)]], pg. 150:
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"Mumbaba (Voc. ind., corr. de ''mimbab'': a criação) — Rio caudaloso, afluente da margem esquerda do Gramame, Nasce no município de Pedras de Fogo tendo 25 quilômetros de curso.".
  
'''Nome atual:''' rio Boa Água) está plotado no [[BQPPB]] como afluente m.d. do 'Guaramama' (rio Gramame), o que de fato é, mas a sua foz foi desenhada a montante da foz do 'Poĩmimbaba'', quando é realmente a jusante.
 
  
 
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[[Category: Coleção Levy Pereira]]

Edição atual tal como 20h14min de 9 de janeiro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] Poĩmimbaba

Rio afluente m.e. do 'Guaramama' (Rio Gramame).


Natureza: rio.


Mapa: PRÆFECTURÆ DE PARAIBA, ET RIO GRANDE.


Capitania: PARAIBA.


Nomes históricos: Poĩmimbaba (MonbabԐ, monbac, Monbabe, Mombabo, Mombaba, Mimbaba, Mymbaba, Poimimbaba, Peranonbababa).


Nome atual: Rio Mumbaba.

[editar] Citações:

►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA - plotado como 'R. MonbabԐ', afluente m.e. do 'R. Garamama.' - 'R. Garamanĭ'.

►Mapa PB (IAHGP-Vingboons, 1640) #49 CAPITANIA DE PARAYBA - plotado como 'R. MonbabԐ', afluente m.e. do 'R. Garamama.' - 'R. Garamanĭ'.

►Mapa IT (Orazi, 1698) PROVINCIA DI ITAMARACÁ, plotado como 'R. Monbabe', afluente m.e. do 'R. Garamane' - 'R. Garamana'.

►Mapa PB (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PARAIBA, plotado como 'R. monbac', afluente m.e. do 'R. Garamane'.

(Herckmans, 1639) RIAHGP, pg. 256-557:

"Da Lagoa Salgada segue um caminho para o sul, conduzindo a alguns currais que existem nas baixas ou várzeas das nascenças do Mumbaba, isto é, aos lugares onde se forma ou toma começo o dito rio.

Este rio Mumbaba corre, como o Paraíba, para a região inferior com um percurso de cinco ou seis léguas, até que se reúne e confunde com o Garamame, e então perde o nome que tem.

Junto ao Mumbaba, em distancia de duas a três léguas da cidade Frederika, moram vários portugueses, que se ocupam com o negócio da madeira e tabuado, porquanto existem naquelas vizinhanças boas árvores e bosques madeirosos. O nome Mumbaba vem da palavra indígena mombab, que quer dizer «lugar onde a guerra cessou.» A razão desta denominação é que os Pitiguares, tendo tido guerras entre si nos tempos antigos, fizeram a paz junto a este rio, e puseram termo às suas hostilidades.".

(Sampaio, 1904), pg. 33:

"MOMBABA (MOMBAB) — ou Mombaba, não quer dizer: lugar onde a guerra cessou como o explica Herckman, à pag. 257 da Descrição, mas simplesmente: conclusão, fim. A verdade é, porém, que o nome está mal escrito. Deve ser, provavelmente, Mumbaba, derivado do tupi Mimbaba ou Mymbaba, que quer dizer criação, cria, aplicado ao animal doméstico, ao gado, o que é bem de ver, pois se aplicava o nome referido a um rio em que existiam várzeas com muitos currais ou fazendas de criar (pag. 257).".

(Câmara Cascudo, 1956), pg. 218:

"Pela esquerda cai o Poimimbaba, com nascença numa lagoa, onde há curral de gado. vizinha a outra, anônima. Esse Poimimbaba, (o SOMMIER DISCOURS chama-o Mombabo, Herckmann, Mombab, e a "Descrição de Pernambuco em 1746" regista Peranonbababa ou Monbabe) é o Mumbaba, principal afluente do Guaramama (Gramame) e tem, antes da confluência, a povoação de Nossa Senhora do Rosário.".

(Coriolano de Medeiros, 1950), pg. 150:

"Mumbaba (Voc. ind., corr. de mimbab: a criação) — Rio caudaloso, afluente da margem esquerda do Gramame, Nasce no município de Pedras de Fogo tendo 25 quilômetros de curso.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Poĩmimbaba". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Po%C4%A9mimbaba. Data de acesso: 3 de maio de 2024.


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