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N S. dƐncarnaçaõ (engenho de bois)

De Atlas Digital da América Lusa

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►Mapa PE-M [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Ԑncarnacaõ', na [[m.d.]] do 'Rº Garcÿ Torta.' (Riacho Garça Torta, também chamado de Riacho da Conceição).
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"(13) É o Engenho Nossa Senhora da Encarnação: ver Relatório Van der Dussen cit. " ".
 
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O terceiro pertence a Antônio Martins Ribeiro. Posto que esteja acabado de todo, por causa dos poucos negros que aí estão, ainda não se pôde até o presente fazê-lo moer; mas parece bem provável que dos cinco engenhos seja este o que primeiro moerá (13). ".
 
O terceiro pertence a Antônio Martins Ribeiro. Posto que esteja acabado de todo, por causa dos poucos negros que aí estão, ainda não se pôde até o presente fazê-lo moer; mas parece bem provável que dos cinco engenhos seja este o que primeiro moerá (13). ".
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►[[(Relação dos Engenhos, 1655)]], pg. 242, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:
 
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- O engenho de Antônio Martins Ribeiro, pagava a dois por cento.".
 
- O engenho de Antônio Martins Ribeiro, pagava a dois por cento.".
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(78) Nobiliarquia Pernambucana, cit.".
 
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"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela. Nossa Senhora da Encarnação, para leste, onde o caminho procurava o mar, juntando- se com o que de Nossa Senhora d'Ajuda vinha passando serras, logo depois do rio Carrapato, afluente da Alagoa do Norte.".
 
"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela. Nossa Senhora da Encarnação, para leste, onde o caminho procurava o mar, juntando- se com o que de Nossa Senhora d'Ajuda vinha passando serras, logo depois do rio Carrapato, afluente da Alagoa do Norte.".
  
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]]:
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@ pg. 141-142, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Alagoas:
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«2) NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO. Sito à margem esquerda do Mundaú. Força motriz não identificada. Pagava 2% de pensão. Fundado por Fernão Velho de Araújo, natural de Ponte do Lima (Minho). Em 1623, pertencia a seu genro, Antônio Martins Ribeiro, natural de Alhandra (Ribatejo), residente em Olinda ao menos desde 1609. O engenho produzia então trezentas arrobas. Seu proprietário permaneceu sob o domínio holandês. Moía em 1638, com dois partidos de lavradores e o partido da fazenda (dezesseis), num total de 41 tarefas. Provavelmente depredado pelas excursões campanhistas, fora reparado em 1643 mas ainda não moía devido à falta de mão de obra escrava, embora fosse "bem provável que dos cinco engenhos [destruídos nas Alagoas] seja este o que primeiro moerá". Arruinado em 1655. Em 1663, Antônio Martins era devedor de 998 florins à WIC.(114)».
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@ pg. 187, Notas:
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«(114) "Livro do tombo", p. 551; FHBH, I, pp. 30, 80, 162, 242; II, p. 130; RCCB, pp. 61, 152; NP, I, p. 154; Diégues Jr., ''O bangüê nas Alagoas'', p. 69.».
  
 
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Edição atual tal como 13h27min de 16 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


[editar] N S. dƐncarnaçaõ

Engenho de bois com igreja, na m.d. do 'Mondaĩ' (Rio Mundaú).


Natureza: engenho de bois com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS MERIDIONALIS.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Alagoas.


Nomes históricos: Engenho do Garça Torta, N S. dƐncarnaçaõ; Ԑ. Ԑncarnacaõ; Engenho Nossa Senhora da Encarnação.


Nome atual: possivelmente é a USINA CENTRAL LEÃO UTINGA.

  • Vide mapa IBGE Geocódigo 2707701 RIO LARGO - AL.

[editar] Citações:

►Mapa PE-M (IAHGP-Vingboons, 1640) #39 CAPITANIA DO PHARNAMBOCQVE, plotado com o símbolo de engenho, 'Ԑ. Ԑncarnacaõ', na m.d. do 'Rº Garcÿ Torta.' (Riacho Garça Torta, também chamado de Riacho da Conceição).


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 80:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Nas Alagoas

Na Alagoa do Norte:

11, de Antônio Martins Ribeiro;".


(Gonsalves de Mello, 1981), pg. 139, Nota:

"(13) É o Engenho Nossa Senhora da Encarnação: ver Relatório Van der Dussen cit. " ".


(Dussen, 1640), pg. 162:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na jurisdição de Alagoas

Alagoas do Norte

117) Engenho Nossa Senhora da Encarnação, pertencente a Antônio Martins Ribeiro, mói. São lavradores:

Antônio Fernandes 15 tarefas

Paulo Fernandes 10

Partido da fazenda 16

______________

41 tarefas".


(Walbeek & Moucheron, 1643), pg. 129:

"Os três engenhos da lagoa do Norte estão situados no rio Mondaí, que despeja no mesmo lago pelo lado ocidental.

...

O terceiro pertence a Antônio Martins Ribeiro. Posto que esteja acabado de todo, por causa dos poucos negros que aí estão, ainda não se pôde até o presente fazê-lo moer; mas parece bem provável que dos cinco engenhos seja este o que primeiro moerá (13). ".


(Relação dos Engenhos, 1655), pg. 242, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da Alagoa que ao presente estão a monte e arruinados

...

- O engenho de Antônio Martins Ribeiro, pagava a dois por cento.".


(Diegues Jr, 1949):

@ pg. 48:

"Em 1610 já se estava fazendo a vila e levantando-se o engenho de açúcar. É o que revela a escritura que, em abril desse ano, fez Diogo Gonçalves Vieira concedendo uma légua de terra em quadra na ribeira do Mundaú a Antônio Martins Ribeiro.

A vila foi o povoado de Santa Luzia do Norte, já constituído em freguesia em 1654 (45), e somente tendo a categoria oficial de vila em 1830. O engenho ... este teremos maior dificuldade em situar. Contudo, parece-nos que foi o Garça Torta, à margem do rio Mundaú, ainda existente em fins do século passado, e que absorvido pelo engenho Utinga, hoje Central Usina Leão, desapareceu completamente. Vejamos até onde podem ir nossas conjeturas.

Miguel Gonçalves Vieira não fez a vila nem o engenho; seu filho Diogo Gonçalves Vieira, por escritura de 13 de abril de 1610, doava uma légua em quadra a Antônio Martins Ribeiro para fazer o dito engenho dentro de quatro anos, e acrescentava a escritura que o mesmo Martins já era morador, tem feito casas, estava fazendo a vila e povoando a terra. E também estava fazendo o dito engenho (46).

(46) in Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, vol. I, n° 2.".

@ pg. 49:

"A respeito de Martins Ribeiro, informa Borges da Fonseca, que era português e casou com Branca de Aguiar, filha de Fernão Velho de Araújo, também português. Viveu Martins Ribeiro alguns anos em Olinda e outros no engenho Garça Torta. Ora, a mulher de Ribeiro morreu em Olinda, em janeiro de 1622; assim o engenho Garça Torta a esta época já existia e como a concessão a Martins Ribeiro data de 1610, é de acreditar-se que este engenho se tenha erigido entre 1610 e 1621. Torna-se assim o mais antigo desta região.".

@ pg. 69-70:

"Três são os engenhos da Alagoa do Norte arrolados na relação de van der Dussen: o de Nossa Senhora da Ajuda, pertencente então a Jacob Cloet, o de Nossa Senhora da Encarnação, de Antônio Martins Ribeiro, e o de Lucas de Abreu. Os dois primeiros estavam moendo e tinham, respectivamente, 57 e 41 tarefas plantadas; o terceiro estava destruído e fora confiscado.

Já vimos que o de Antônio Martins é o mais antigo da região, e também que se chamava Garça Torta, onde ele residiu, como se verifica de referência de Borges da Fonseca (78). Com o nome de Garça Torta chegou até aos nossos dias, e Nossa Senhora da Encarnação deveria ser a invocação de sua capela. Todavia, essa invocação desapareceu com o correr dos tempos para dar lugar à Nossa Senhora da Anunciação. Tanto a capela como a casa-grande do engenho foram remodeladas entre 1890 e 1899 pelo então proprietário José Antônio Rodrigues Braga.

Tal fato — o da substituição do padroeiro do engenho — era comum. A mudança do proprietário acarretava a adoção de outro padroeiro, de acordo com o santo ou a santa de devoção de cada dono; no caso, aliás, de cada dona, a senhora do engenho, que, na espécie, deveria ter sua vontade sobreposta à do marido. Em vários engenhos alagoanos se encontram essas alterações de invocação. O São Francisco do Escurial, passou depois a Nossa Senhora da Conceição; a Nossa Senhora da Encarnação do Garça Torta, a Nossa Senhora da Apresentação; e há outros casos a registrar.

Registre-se ainda que o engenho Garça Torta, ou Nossa Senhora da Encarnação, ficava vizinho da sesmaria de Domingos Jorge Velho, que lhe foi doada em 1698, de acordo com o capítulo 6 das Condições ajustadas pelo mestre-de-campo para a extinção do Quilombo dos Palmares. É bem possível que servisse de limite, quando não mesmo caísse dentro da sesmaria (compreendendo-se os desconhecimentos geográficos da época e a ausência de mapas), pois o Garça Torta se ergue, ou se erguia, justamente na linha por onde deveria passar a descrição da sesmaria do bandeirante paulista.

(78) Nobiliarquia Pernambucana, cit.".


(Câmara Cascudo, 1956), pg. 170:

"Em reta, dos arredores do Mundaú a Sant'Antônio, estão engenhos de roda d'água com Capela (ingenio, vel mola sacchari qual vi aquarnm, rotatur, cum Ecclesia), a povoaçao de Santa Luzia do Norte, seguindo-se para Nossa Senhora d'Ajuda engenho d'água com Capela. Nossa Senhora da Encarnação, para leste, onde o caminho procurava o mar, juntando- se com o que de Nossa Senhora d'Ajuda vinha passando serras, logo depois do rio Carrapato, afluente da Alagoa do Norte.".


(Cabral de Mello, 2012):

@ pg. 141-142, Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Alagoas:

«2) NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO. Sito à margem esquerda do Mundaú. Força motriz não identificada. Pagava 2% de pensão. Fundado por Fernão Velho de Araújo, natural de Ponte do Lima (Minho). Em 1623, pertencia a seu genro, Antônio Martins Ribeiro, natural de Alhandra (Ribatejo), residente em Olinda ao menos desde 1609. O engenho produzia então trezentas arrobas. Seu proprietário permaneceu sob o domínio holandês. Moía em 1638, com dois partidos de lavradores e o partido da fazenda (dezesseis), num total de 41 tarefas. Provavelmente depredado pelas excursões campanhistas, fora reparado em 1643 mas ainda não moía devido à falta de mão de obra escrava, embora fosse "bem provável que dos cinco engenhos [destruídos nas Alagoas] seja este o que primeiro moerá". Arruinado em 1655. Em 1663, Antônio Martins era devedor de 998 florins à WIC.(114)».

@ pg. 187, Notas:

«(114) "Livro do tombo", p. 551; FHBH, I, pp. 30, 80, 162, 242; II, p. 130; RCCB, pp. 61, 152; NP, I, p. 154; Diégues Jr., O bangüê nas Alagoas, p. 69.».






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "N S. dƐncarnaçaõ (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/N_S._d%C6%90ncarna%C3%A7a%C3%B5_(engenho_de_bois). Data de acesso: 16 de junho de 2024.


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