Ações

PROBLEMA II - Tirar as posições de um terreno com a Bussola

De Atlas Digital da América Lusa

Edição feita às 14h51min de 1 de abril de 2013 por Tiagogil (disc | contribs)

(dif) ← Versão anterior | ver versão atual (dif) | Versão posterior → (dif)

PROBLEMA II - Tirar as posições de um terreno com a Bussola

Geometria

Tirar as posições de um terreno com a Bussola.

Quando se quiser fazer a Carta de um terreno, será necessário escolher a parte, por onde se [85] ... quer começar, e eleger uma base, cuja distancia seja sabida em braças, varas, etc., e pondo o instrumento sobre um dos pontos da distancia medida, se aplicará o olho a pínula da parte do Sul, e se verá o numero de graus, que a agulha aponta para a parte do Norte ; e se escreverão no borrador, e o mesmo se fará para todos os mais lugares, que daquele ponto se puderem descobrir, tomando-os todos a roda da Bussola. Suponhamos que o ponto A (Figura undecima, estampa segunda) foi a primeira estação, tomando por base a distancia AB; e que deste ponto tomamos a roda os lugares B, D, C, E, F, G, H, I, se escreverá no papel esta estação com as posições dos lugares e de fronte o numero de graus apontados pela agulha sorte.
Figura Undecima

[86]






Primeira estação lugar A.

Posições	  Graus

B.               358.
D.               322.
C.               262.
E.               225
F.               208
G.               140
H.               100
I.                55.


Feito assim o giro à roda da Bussola, aplicando sempre o olho a pínula do Sul, se passa ao lugar B, cuja distancia do primeiro se supõem em medida, e são por exemplo, 2000. braças a sua distancia ; e deste segundo lugar se tomarão os lugares, que se puderem descobrir à roda Bussola já tomados pela primeira estação. [87]


Segunda estação lugar B

Posições.			Graus
A.	 		         267.
I.	 	                 315.
H.	  			 355.
G.	     			  27.
F.	  		          65.
C.	 		          80.


Daí passamos ao lugar F, e tomamos por base F A, e posto o instrumento sobre este ponto, aplicando o olho sempre a pínula do Sul, tomamos as posições, que não pudemos cruzar da segunda estação, e se escrevem na mesma forma : para continuar para diante a Carta, como já nos fica sabida a base BF, em virtude das primeiras, estações, esta distancia nos servirá de base para tomar as posições [88] ... dos lugares D, e E, e supondo que nos ficou de fora, por não ter visto, o lugar L, o tomaremos da base AL, e se escreverão todas estas posições, e o numero de graus correspondentes.

Note-se que por não multiplicar figuras, ou por não embaraçar a mesma figura com muitas linhas, nos serviremos sempre da mesma Figura undecima, ainda que os triangulos formados nela pelo Circulo dimensório, ou pela Prancheta, não sejam os mesmos, que se formariam com a Bussola.

Não importa começar a Carta da Bussola, nem o continuá-la mais de pressa por uns lugares, que por outros; porque a agulha da Bussola sempre busca a sua situação paralela aos Pólos da terra.

[89]


Página Anterior Índice Página Seguinte



Ficha técnica da Fonte
Autor: Manuel de Azevedo Fortes
Data: 1722.
Referência: ..
Acervo: Biblioteca Nacional de Portugal.
Transcrição: Carlos Antonio Pereira de Carvalho.
link principal no BiblioAtlas: Tratado do modo o mais facil, e o mais exacto de fazer as cartas geograficas