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Edição de 14h35min de 1 de abril de 2013

Tirar com a Bussola as voltas, cotovelos, e irregularidades de uma ribeira.

Para este ministério é a Bussola o mais próprio instrumento, e o de melhor expedição.

Suponho que se querem tomar as voltas, e irregularidades da ribeira ABCD, (Figura décima sétima, estampa quarta) e que queremos começar no ponto A, e acabar no ponto D. Ponha-se a Bussola no ponto A, e pela pínula do Sul se enfie o ponto B, que é a primeira volta, ou cotovelo mais considerável, que aribeira[SIC] faz; e esta linha reta assim considerada, se verão entre o ponto A, e o ponto B as voltas menos consideráveis, que vai fazendo a ribeira, da linha imaginada [97] ... se lançarão perpendiculares fingidas, que se mediram, e irão notando, e também os graus, que a agulha aponta ; e caminhando para o ponto B, se irá medindo a distancia AB, e notando : isto feito, no ponto B se fará segunda estação, e se notarão os graus apontados, e tudo o mais, como na primeira estação : no ponto C se irá fazer terceira estação, e outra quarta estação no ponto D, se houver de continuar mais para diante.

No papel, ou borrador se irá fazendo a figura de algum modo semelhante a figura, que a ribeira faz no terreno, e notando tudo.

É necessário dar nome as estações, como primeira, segunda, etc., e se houver casas, moinhos, pontes outra qualquer coisa se deve no [?] tudo em seus próprios lugares

[98] Os graus achados pela agulha em cada estação, e a distancia de um ponto a outro, como também os bojos, e recôncavos, que faz a ribeira, se podem também escrever desta sorte, supondo por exemplo sete estações.

Estações | Graus | braç. | bojos | recocav[?]

1.De A até B 335. 90. No meio

2.de B até C 275. 45. Braças – 5

3.de C até D 225. 36. Nos lados

4.para diante 348. 40. 5.Para diante 273. 50. Desigual

6.Para diante 170. 40. No meio 8. Entre 2.

7.Para diante 250. 35. Entre 2.e 4. E—3-

[99] Mas é melhor ir notando na figura da mesma ribeira assim as distancias de estação a estação com o numero de graus apontado, como também os bojos, e côncavos com as medidas das fagittas[SIC], ou perpendiculares.

Por este modo se devem tomar os caminhos, principalmente os que fá feitos, ou se querem fazer de novo por entre matos fechados; e pelo mesmo modo se toma o contorno dos montes, das Ilhas, e âmbitos de alguns sítios muito irregulares, como também as voltas, e irregularidades das costas marítimas.

Ficha técnica da Fonte
Autor: Manuel de Azevedo Fortes
Data: 1722.
Referência: ..
Acervo: Biblioteca Nacional de Portugal.
Transcrição: Carlos Antonio Pereira de Carvalho.
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