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S. Fanci∫co (Engenho de roda d'água)

De Atlas Digital da América Lusa

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►Mapa PE-C [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Barosa', na [[m.e.]] do 'Rº. TisԐpio'.
 
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►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Barosa.', na [[m.d.]] do 'Rº. TisԐpio'.
 
►Mapa IT [[(IAHGP-Vingboons, 1640)]] #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Barosa.', na [[m.d.]] do 'Rº. TisԐpio'.
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"As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...".
 
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►[[(Pereira da Costa, 1951)]], Volume 3, Ano 1645, pg. 229:
 
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"A essa propriedade se refere Fernandes Vieira no seu testamento celebrado em 1674 na sua fazenda dos Maranguapes, dizendo que ficava junto e adiante do engenho S. Francisco da Várzea, de André Vidal de Negreiros, ...".
 
"A essa propriedade se refere Fernandes Vieira no seu testamento celebrado em 1674 na sua fazenda dos Maranguapes, dizendo que ficava junto e adiante do engenho S. Francisco da Várzea, de André Vidal de Negreiros, ...".
  
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►[[(Cabral de Mello, 2012)]], Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Várzea do Capíbaribe:
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"6) MARIA BARROSA, ENGENHO DE. Invocação São Francisco. Markgraf o registra pelo orago mas Golijath pelo nome da proprietária. Sito à margem direita do Capibaribe. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1593, pertencia a Francisco de Barros Rego, que participara da conquista do Rio Grande do Norte. Francisco foi juiz ordinário da Câmara de Olinda e escrivão da Santa Casa da Misericórdia da vila. Em 1623, o engenho pertencia à viúva, Maria Barrosa Pessoa, produzindo 5161 arrobas. Já era certamente administrado pelo filho do casal, João de Barros Rego, que em 1617 subescrevia o memorial de senhores de engenho que solicitava à Coroa a suspensão da execução por dívidas em face da mortandade de escravos causada pela bexiga. Em 1633, o engenho foi saqueado pela tropa holandesa, tendo a proprietária se refugiado no Arraial do Bom Jesus. Com a capitulação da fortaleza, teve de pagar resgate. Maria Barrosa permaneceu sob o domínio holandês. O engenho safrejava em 1637 e 1639, quando, além da cana de alguns partidos livres, dispunha de dois partidos de lavradores, no total de 36 tarefas, cerca de 1,8[00] arroba[s], sem partido da fazenda. Quando da insurreição luso-brasileira, Maria Barrosa devia 28 mil florins ao comerciante francês Louis Heyn. A pedido deste, o governo do Recife concedeu salvaguarda a Maria Barrosa, embora seu genro estivesse entre os insurretos. Durante a guerra de restauração, foi adquirido por André Vidal de Negreiros por 42 mil cruzados, moendo em 1655. Vidal deu-o em dote à sua filha d. Catarina, casada com Diogo Cavalcanti de Vasconcelos. Em 1663, Maria Barrosa era devedora à [[WIC]] de seiscentos florins. Moía em 1664-7.(6)".
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"(6) DP, pp. 3, 30, 34; IL, 1491, fl. 91v.; RPFB, p. 204; LPGB, p. 181; FHBH, I, pp. 28, 87, I52; RCCB, pp. 45, 155; MDGB, pp. 125, 186; VWIC, IV, p. 138; DN, 3.VIII.1645; NP, II, pp. 215-6; J. A. Gonsalves de Mello, "A finta para o casamento da rainha da Grã-Bretanha e paz da Holanda (1664-1666)", RIAP, 54 (1981), pp. 30, 53; Pereira da Costa, "Origens históricas", pp. 265-6; e "Arredores do Recife", p. 135.".
  
 
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Edição de 16h52min de 21 de outubro de 2015

Coleção Levy Pereira


S. Fanci∫co

Engenho d'água com igreja, na m.d. do 'Teijibipió' (Rio Tijipió).


Natureza: Engenho de roda d'água com igreja.


Mapa: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ.


Capitania: PARANAMBVCA.


Jurisdição: Cidade de Olinda, Freguesia da Várzea.


Nomes históricos: Engenho São Francisco (S. Fanci∫co; S. Francisco; S. Francisco da Várzea); Engenho de Maria Barrosa.


Nome atual: o engenho não existe mais e a sua área foi reocupada - possivelmente está na área urbana do Recife-PE , no bairro denominado Curado IV.


Citações:

►Mapa PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Barosa', na m.e. do 'Rº. TisԐpio'.


►Mapa IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ Barosa.', na m.d. do 'Rº. TisԐpio'.


►Mapa PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Francisco', na m.d. do rio 'Tajiibipio' - 'Teubipí'.


(Nassau-Siegen; Dussen; Keullen - 1638), pg. 87:

"Cidade de Olinda

Freguesia da Várzea

...

51. Engenho de Maria Barrosa, presente; é d'água e mói. ".


(Dussen, 1640), pg. 152:

"ENGENHOS DE PERNAMBUCO

Na freguesia da Várzea

...

55) Engenho de Maria Barrosa, é engenho d'água e mói. São lavradores:

Jerônimo Luís 6 tarefas

Francisco Gonçalves Bastos 30

________________

36 tarefas".


(Relação dos Engenhos, 1655):

@ pg. 237, informando a pensão que este engenho pagava à capitania de Pernambuco:

"Engenhos da freguesia da Várzea do Capibaribe

...

- E o engenho do mestre-de-campo André Vidal, a três por cento.".

@ pg. 242:

"As pensões dos engenhos referidos se pagam de todo o açúcar que fazem antes de ser dizimado, ...".


(Pereira da Costa, 1951), Volume 3, Ano 1645, pg. 229:

"A essa propriedade se refere Fernandes Vieira no seu testamento celebrado em 1674 na sua fazenda dos Maranguapes, dizendo que ficava junto e adiante do engenho S. Francisco da Várzea, de André Vidal de Negreiros, ...".


(Cabral de Mello, 2012), Os engenhos de açúcar do Brasil Holandês, I - Capitania de Pernambuco, Várzea do Capíbaribe:

@ pg. 60-61:

"6) MARIA BARROSA, ENGENHO DE. Invocação São Francisco. Markgraf o registra pelo orago mas Golijath pelo nome da proprietária. Sito à margem direita do Capibaribe. Engenho d'água. Pagava 3% de pensão. Em 1593, pertencia a Francisco de Barros Rego, que participara da conquista do Rio Grande do Norte. Francisco foi juiz ordinário da Câmara de Olinda e escrivão da Santa Casa da Misericórdia da vila. Em 1623, o engenho pertencia à viúva, Maria Barrosa Pessoa, produzindo 5161 arrobas. Já era certamente administrado pelo filho do casal, João de Barros Rego, que em 1617 subescrevia o memorial de senhores de engenho que solicitava à Coroa a suspensão da execução por dívidas em face da mortandade de escravos causada pela bexiga. Em 1633, o engenho foi saqueado pela tropa holandesa, tendo a proprietária se refugiado no Arraial do Bom Jesus. Com a capitulação da fortaleza, teve de pagar resgate. Maria Barrosa permaneceu sob o domínio holandês. O engenho safrejava em 1637 e 1639, quando, além da cana de alguns partidos livres, dispunha de dois partidos de lavradores, no total de 36 tarefas, cerca de 1,8[00] arroba[s], sem partido da fazenda. Quando da insurreição luso-brasileira, Maria Barrosa devia 28 mil florins ao comerciante francês Louis Heyn. A pedido deste, o governo do Recife concedeu salvaguarda a Maria Barrosa, embora seu genro estivesse entre os insurretos. Durante a guerra de restauração, foi adquirido por André Vidal de Negreiros por 42 mil cruzados, moendo em 1655. Vidal deu-o em dote à sua filha d. Catarina, casada com Diogo Cavalcanti de Vasconcelos. Em 1663, Maria Barrosa era devedora à WIC de seiscentos florins. Moía em 1664-7.(6)".

@ pg. 174:

"(6) DP, pp. 3, 30, 34; IL, 1491, fl. 91v.; RPFB, p. 204; LPGB, p. 181; FHBH, I, pp. 28, 87, I52; RCCB, pp. 45, 155; MDGB, pp. 125, 186; VWIC, IV, p. 138; DN, 3.VIII.1645; NP, II, pp. 215-6; J. A. Gonsalves de Mello, "A finta para o casamento da rainha da Grã-Bretanha e paz da Holanda (1664-1666)", RIAP, 54 (1981), pp. 30, 53; Pereira da Costa, "Origens históricas", pp. 265-6; e "Arredores do Recife", p. 135.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "S. Fanci∫co (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/S._Fanci%E2%88%ABco_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 3 de maio de 2024.


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