Ações

Bayatag

De Atlas Digital da América Lusa

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@ Capítulo IV - Os habitantes do Brasil - pg. 268:
 
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''Nota. Os confins e habitações dos Tapuias, segundo a descrição de Jacob Rabbi, que morou vários anos entre eles, são os seguintes: ...
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"Nota. Os confins e habitações dos Tapuias, segundo a descrição de Jacob Rabbi, que morou vários anos entre eles, são os seguintes: ...
  
 
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... até Marytupa, são duas milhas, até Warerugh uma. Este rio, também chamado Otschunogh, penetra, no continente, em direção ao Austro numa distância de mais de cem milhas. A uma distância de mais de vinte e cinco milhas do litoral marítimo, acha-se o grande lago Bajatagh com grande abundância de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa de peixes, que mordem, e são muito inimigos do homem. A este fica adjacente o vale Kuniangeya, tendo o comprimento de vinte milhas e a largura de duas. Atravessa-o o rio Otschunogh, abundante de peixes; aí se encontra grande abundância de animais silvestres e frutas.''.
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... até Marytupa, são duas milhas, até Warerugh uma. Este rio, também chamado Otschunogh, penetra, no continente, em direção ao Austro numa distância de mais de cem milhas. A uma distância de mais de vinte e cinco milhas do litoral marítimo, acha-se o grande lago Bajatagh com grande abundância de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa de peixes, que mordem, e são muito inimigos do homem. A este fica adjacente o vale Kuniangeya, tendo o comprimento de vinte milhas e a largura de duas. Atravessa-o o rio Otschunogh, abundante de peixes; aí se encontra grande abundância de animais silvestres e frutas.".
  
 
@ Capítulo XII - Acerca dos costumes, e dos usos dos Tapuias, segundo a narração de Jacob Rabbi que vivera alguns anos entre eles - pg. 281-282:
 
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@ Capítulo Dez - Caça, pesca e agricultura dos tapuias, pg. 60:
 
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"Barleu informa que, quando trovejava e soprava fortemente o vento, havia uma abundantíssima pescaria de peixes na lagoa Bajatach (atualmente, Piató), próxima do local onde existia o acampamento principal do rei Janduí, em Açu (RN). Os peixes eram tão gordos, que dispensavam o uso de gordura para o seu preparo (2, 265). Marcgrave descreve que o Bayatag (Piató), nos meses de março a abril recebia o transbordamento do rio Otschunogh (atualmente, rio Açu), mal conseguindo as mulheres da tribo transportar todo o peixe pegado, para os acampamentos (28, 281).".
 
"Barleu informa que, quando trovejava e soprava fortemente o vento, havia uma abundantíssima pescaria de peixes na lagoa Bajatach (atualmente, Piató), próxima do local onde existia o acampamento principal do rei Janduí, em Açu (RN). Os peixes eram tão gordos, que dispensavam o uso de gordura para o seu preparo (2, 265). Marcgrave descreve que o Bayatag (Piató), nos meses de março a abril recebia o transbordamento do rio Otschunogh (atualmente, rio Açu), mal conseguindo as mulheres da tribo transportar todo o peixe pegado, para os acampamentos (28, 281).".
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@ Bibliografia, pg. 155:
 
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"28. MARCGRAVE, Jorge. História natural do Brasil, São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1942.".
 
"28. MARCGRAVE, Jorge. História natural do Brasil, São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1942.".
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►[[(Medeiros, 1998)]], A DESCRIÇÃO DO LITORAL POTIGUAR, SEGUNDO JACOB RABBI, pg. 82, comentando a citação de (Margrave. 1648), Livro VIII, Capítulo IV:
 
►[[(Medeiros, 1998)]], A DESCRIÇÃO DO LITORAL POTIGUAR, SEGUNDO JACOB RABBI, pg. 82, comentando a citação de (Margrave. 1648), Livro VIII, Capítulo IV:
  
''O Otschunogh, ou Warerugh, correspondia ao atual rio Açu. O lago Bajatagh era a mesma lagoa do Piató, próxima à atual cidade do Açu. Igtug, ou Itu, hoje é denominada de lagoa de Ponta Grande, encravada na antiga sesmaria, do Itu, ora pertencente à família Montenegro. Os temidos peixes mencionados por Rabbi são as perigosíssimas piranhas.''.
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"O Otschunogh, ou Warerugh, correspondia ao atual rio Açu. O lago Bajatagh era a mesma lagoa do Piató, próxima à atual cidade do Açu. Igtug, ou Itu, hoje é denominada de lagoa de Ponta Grande, encravada na antiga sesmaria, do Itu, ora pertencente à família Montenegro. Os temidos peixes mencionados por Rabbi são as perigosíssimas piranhas.".
  
 
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Edição de 08h55min de 10 de dezembro de 2014

Coleção Levy Pereira

Bayatag

sem nome no MBU

Natureza: lagoa

Mapa:

MARITIMA BRASILIÆ UNIVERSÆ

Capitania: Rio Grande

Lagoa sem nome no MBU, na m.e do 'Salina Grande' (Rio Açu), proximo à 'Aldea Vuawaßou'.

Nome histórico: Bayatag.

Nome atual: Lagoa do Piató.

Citações:

(Margrave, 1648), Livro VIII - Que trata da própria Região e dos Indígenas:, :

@ Capítulo IV - Os habitantes do Brasil - pg. 268:

"Nota. Os confins e habitações dos Tapuias, segundo a descrição de Jacob Rabbi, que morou vários anos entre eles, são os seguintes: ...

...

... até Marytupa, são duas milhas, até Warerugh uma. Este rio, também chamado Otschunogh, penetra, no continente, em direção ao Austro numa distância de mais de cem milhas. A uma distância de mais de vinte e cinco milhas do litoral marítimo, acha-se o grande lago Bajatagh com grande abundância de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa de peixes, que mordem, e são muito inimigos do homem. A este fica adjacente o vale Kuniangeya, tendo o comprimento de vinte milhas e a largura de duas. Atravessa-o o rio Otschunogh, abundante de peixes; aí se encontra grande abundância de animais silvestres e frutas.".

@ Capítulo XII - Acerca dos costumes, e dos usos dos Tapuias, segundo a narração de Jacob Rabbi que vivera alguns anos entre eles - pg. 281-282:

Nos meses de março e abril a maior força das águas desce dos montes, de sorte que o rio Otschunogh se enche, e suas margens transborda e invade o lago vizinho Bayatag, pelo qual tempo colhem tanta quantidade de peixes, quantas mulheres possam levar dificultosamente para os acampamentos; e seus principais frutos que estão maduros. Mas quando o rio volta ao seu leito, regressam às moradas costumeiras, eles consagram à atividade à sementeira; principalmente porém plantam o maior milho ou Maizium, vários legumes, e abóboras em forma de bilha..

►(Medeiros, 1984):

@ Capítulo Dez - Caça, pesca e agricultura dos tapuias, pg. 60: "Barleu informa que, quando trovejava e soprava fortemente o vento, havia uma abundantíssima pescaria de peixes na lagoa Bajatach (atualmente, Piató), próxima do local onde existia o acampamento principal do rei Janduí, em Açu (RN). Os peixes eram tão gordos, que dispensavam o uso de gordura para o seu preparo (2, 265). Marcgrave descreve que o Bayatag (Piató), nos meses de março a abril recebia o transbordamento do rio Otschunogh (atualmente, rio Açu), mal conseguindo as mulheres da tribo transportar todo o peixe pegado, para os acampamentos (28, 281).".

@ Bibliografia, pg. 155: "28. MARCGRAVE, Jorge. História natural do Brasil, São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1942.".

(Medeiros, 1998), A DESCRIÇÃO DO LITORAL POTIGUAR, SEGUNDO JACOB RABBI, pg. 82, comentando a citação de (Margrave. 1648), Livro VIII, Capítulo IV:

"O Otschunogh, ou Warerugh, correspondia ao atual rio Açu. O lago Bajatagh era a mesma lagoa do Piató, próxima à atual cidade do Açu. Igtug, ou Itu, hoje é denominada de lagoa de Ponta Grande, encravada na antiga sesmaria, do Itu, ora pertencente à família Montenegro. Os temidos peixes mencionados por Rabbi são as perigosíssimas piranhas.".






Citação deste verbete
Autor do verbete: Levy Pereira
Como citar: PEREIRA, Levy. "Bayatag". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Bayatag. Data de acesso: 27 de abril de 2024.


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