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Grão-Pará e Maranhão

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Compreendia a região norte do atual Brasil, e parte da região nordeste. Sua ocupação se iniciou, verdadeiramente, a partir de 1612, com a ocupação francesa da Ilha de [[São Luís]] e a construção de um forte. Os portugueses retomaram para seu governo a ilha em 1615.<ref>sobre as datas, ver [http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 São Luís] e [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142002000200005&script=sci_arttext GADELHA, Regina Maria A. Fonseca]</ref>
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Da ilha saíram expedições para explorar melhor e se fixarem em alguns pontos até o Amazonas. Em 1616 fixaram-se num ponto e construíram um forte sob o nome de Forte do Presépio. À sua volta formou-se um povoado, chamado Feliz Lusitânia.
 
Da ilha saíram expedições para explorar melhor e se fixarem em alguns pontos até o Amazonas. Em 1616 fixaram-se num ponto e construíram um forte sob o nome de Forte do Presépio. À sua volta formou-se um povoado, chamado Feliz Lusitânia.
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Em 1621 foi criado o Estado do Maranhão e Grão Pará, com Capital em São Luís e um território muito grande que compreendia até os atuais estados do Amazonas, Roraima e Amapá. Esse estado era separado e independente do [[Estado do Brasil]], e se correspondia diretamente com a coroa. Outras capitanias menores compunham o Estado, e respondiam ao governo deste, como as capitanias do [[Cabo Norte]], [[Ilha Grande de Joanes]], [[Cametá]], [[Caeté]], [[Xingú]], entre outras.  
 
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A criação desse estado se deu para um melhor domínio militar e econômico da região. Subsistiam, principalmente, da busca por drogas do sertão e da pesca, além da agricultura de subsistência. Os religiosos também foram aproveitados para a catequização dos indígenas, utilizados como mão de obra no início e depois como ajudantes e povoadores.
  
Houve muita disputa com relação a administração do Estado, que possuía um território muito grande com grandes dificuldades de abastecimento e comunicação, e com capital em um extremo. Alguns defendiam a mudança da capital para Belém, o que ocorreu de forma muito rápida, não sendo bem adaptada e voltando a capital a São Luis.
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Houve muita disputa com relação a administração do Estado, que possuía um território muito grande com grandes dificuldades de abastecimento e comunicação, e com capital em um extremo. Alguns defendiam a mudança da capital para Belém, o que ocorreu de forma muito rápida, não sendo bem adaptada e voltando a capital a São Luís.
  
 
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Pouco tempo depois, por volta do ano de 1772, o Estado do Grão-Pará e Maranhão se divide tornando-se dois Estados separados, um com capital em Belém, o outro com capital em São Luis.
 
Pouco tempo depois, por volta do ano de 1772, o Estado do Grão-Pará e Maranhão se divide tornando-se dois Estados separados, um com capital em Belém, o outro com capital em São Luis.
  
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===Citação deste verbete===
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Edição atual tal como 13h49min de 12 de dezembro de 2014

por Luiza Moretti


Compreendia a região norte do atual Brasil, e parte da região nordeste. Sua ocupação se iniciou, verdadeiramente, a partir de 1612, com a ocupação francesa da Ilha de São Luís e a construção de um forte. Os portugueses retomaram para seu governo a ilha em 1615.[1]

Da ilha saíram expedições para explorar melhor e se fixarem em alguns pontos até o Amazonas. Em 1616 fixaram-se num ponto e construíram um forte sob o nome de Forte do Presépio. À sua volta formou-se um povoado, chamado Feliz Lusitânia.

Em 1621 foi criado o Estado do Maranhão e Grão Pará, com Capital em São Luís e um território muito grande que compreendia até os atuais estados do Amazonas, Roraima e Amapá. Esse estado era separado e independente do Estado do Brasil, e se correspondia diretamente com a coroa. Outras capitanias menores compunham o Estado, e respondiam ao governo deste, como as capitanias do Cabo Norte, Ilha Grande de Joanes, Cametá, Caeté, Xingú, entre outras.

A criação desse estado se deu para um melhor domínio militar e econômico da região. Subsistiam, principalmente, da busca por drogas do sertão e da pesca, além da agricultura de subsistência. Os religiosos também foram aproveitados para a catequização dos indígenas, utilizados como mão de obra no início e depois como ajudantes e povoadores.

Houve muita disputa com relação a administração do Estado, que possuía um território muito grande com grandes dificuldades de abastecimento e comunicação, e com capital em um extremo. Alguns defendiam a mudança da capital para Belém, o que ocorreu de forma muito rápida, não sendo bem adaptada e voltando a capital a São Luís.

No início do século XVIII foi criada a capitania do Piauí, desmembrada da capitania do Maranhão, mas integrando o mesmo Estado. Em 1751 a capital passou a ser definitivamente Belém, e seu nome passou de Estado do Maranhão e Grão-Pará para Grão Pará e Maranhão, indicando, no nome, primeiramente onde localizava-se a capital, dando mais prestígio, assim, àquele ponto. Em 1755 foi criada a Capitania do Rio Negro, desmembrada do Pará, mas também integrando o território desse Estado.

Pouco tempo depois, por volta do ano de 1772, o Estado do Grão-Pará e Maranhão se divide tornando-se dois Estados separados, um com capital em Belém, o outro com capital em São Luis.


[editar] Referências

  1. sobre as datas, ver São Luís e GADELHA, Regina Maria A. Fonseca



Citação deste verbete
Autor do verbete: Luiza Moretti
Como citar: MORETTI, Luiza. "Grão-Pará e Maranhão". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/atlas/Gr%C3%A3o-Par%C3%A1_e_Maranh%C3%A3o. Data de acesso: 4 de maio de 2024.



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